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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Congresso da UNE finda com crescimento da oposição!

Aconteceu entre os dias 13 e 17 de julho de 2011, a 52ª edição do Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes). Esse congresso acontece bienalmente e reúne mais de 6 mil jovens universitários do Brasil inteiro para debater política, educação, conjuntura, entre tantos outros temas.
    Infelizmente, as últimas gestões da entidade máxima dos estudantes brasileiros, jogam a sua história na lata do lixo, quando serve de porta-voz do governo dentro das universidades, como hoje é comum. O único debate sobre a reforma no código florestal, do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi impedido de acontecer pela UJS, juventude do PCdoB, porque tem medo de debater o tema com os estudantes. Também neste congresso, a direção majoritária da UNE (UJS, PPL, PMDB, DS) balançou de maneira vazia a bandeira dos 10% do PIB para a educação. Vazia por que não disseram como fazer isso se o governo federal corta todos os anos o orçamento da educação, e somente este ano cortou R$ 3 bi. Vazia porque não coloca claramente como é que vamos ter 10% do PIB para a educação enquanto o governo destina todos os anos mais de 30% de seu orçamento para pagar juros da dívida pública. Vazia porque não coloca como ter 10% do PIB para a educação enquanto o governo, através do Sr. Haroldo Lima (PCdoB), presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo) continuar privatizando nossas reservas naturais.
    Porém, um importante e destacado papel cumpriu a União da Juventude Rebelião e a tese REBELE-SE nesse congresso. Demonstrando claramente que a UNE precisa mudar de rumo se quiser de fato servir aos interesses dos estudantes brasileiros. Precisa se referenciar na juventude grega e espanhola que vai às ruas pelos seus direitos. Nossa juventude e nossa tese deixou bem claro, que a UNE precisa no próximo período, seguir o exemplo da juventude egípcia e tunisiana, que derrubaram ditaduras em busca de um mundo mais justo e que valorize a vida humana e não o lucro.
    Ao final do congresso, na eleição da nova diretoria da UNE, a oposição cresceu sua presença na executiva da entidade. A chapa “Oposição de Esquerda” (REBELE-SE, Levante, Juntos, Contraponto, Vamos a Luta, Rompendo Amarras e UNE pela Base) obteve 581 votos, elegendo 3 diretores na executiva da entidade. Além disso, outra chapa de oposição “Reconquistar a UNE” (Articulação de Esquerda-PT, Trabalho-PT e outras tendências do PT) elegeu também 1 na executiva da entidade.

E as aulas de campo?

As aulas de campo, são elementos fundamentais para a formação dos estudantes de graduação em geografia, geologia eng. minas, eng. cartográfica, turismo, biologia e tantos outros cursos onde todo período os estudantes tem que viajar para poder ver em prática o que foi estudado. 
    Para isso existem as diárias de campo, valor pago pela universidade aos estudantes que precisam realizar essa viajem, este valor é igual para todos 20,00, sabendo que este valor é muito baixo e que não cobre os gastos básicos da viagem, tais como hospedagem e alimentação.
    Outro problema que vem afligindo os estudantes destes cursos são os atrasos dessas diárias, que obrigam os alunos na UFPE a cobrir os gastos seus gastos ou correm o risco de não poder viajar.
    O problema do financiamento dos trabalhos de campo é uma questão que atormenta alunos de várias faculdades pelo Brasil, seja pela escassez de recursos, seja pela falta de planejamento antecipado dos professores, etc. Em nossa universidade esses recursos já chegaram a ser repassado após as aulas de campo já terem sido realizadas. Assim, alguns alunos vão ao campo com pouco dinheiro, outros com dinheiro emprestado, chegando a ponto de alguns estudantes serem impossibilitados de participar, por não terem como custear suas despesas.
    Os estudantes dos cursos que tem excursões de campo não podem se manter nas viagens com apenas R$ 20,00 por dia, a comida e as diárias dos hotéis são muito caros por isso esse valor deve ser aumentado para R$ 40,00 como na UFPA e o dinheiro deve ser entregue antes das excursões para o estudante não ficar mendigando durante a viagem para depois de muito tempo receber a ajuda.
    O DCE, junto aos estudantes, pressionará a reitoria para que de uma vez por todas essa situação seja resolvida e que os estudantes que precisão de excursões didáticas possam realizá-las sem problemas afinal as excursões são obrigatórias, ou seja, não tem como o estudante se forma sem elas.

Pavimentação do acesso ao campus de Caruaru já!

Após anos de espera por uma melhoria no acesso do campus de caruaru, o  Governo do estado, por intermédio do secretário de transportes Isaltino Nascimento, estipulou o prazo para o início das obras de pavimentação da estrada que dá acesso ao Campus Agreste para o mês de Abril. “Os trabalhos devem começar em abril e a conclusão deve acontecer em um prazo de sessenta a oitenta dias” prometeu Nascimento. Porém, 3 meses já se passaram, e nada!
    Continuam as lamas, a poeira, a escuridão, o mato, que mais se parece com cenas do famoso filme Indiana Jones do que com uma estrada de acesso a uma Instituição de Ensino Superior.
    Dessa forma o DCE prepara o lançamento da campanha “Pavimentação do acesso já!”, prevista para acontecer nesse mês de agosto. E para esclarecer esse descaso com os estudantes e trabalhadores do CAA, o DCE solicitou, no dia 04 de agosto, uma audiência com a Secretaria de Transportes.
    Participe da assembléia de lançamento da campanha “Pavimentação do acesso já!”, em agosto, no Centro Acadêmico do Agreste.

Os rumos da educação no Brasil!

Estamos em ano de reformulação do Plano Nacional de Educação (PNE), este plano irá nortear os rumos da educação no País pelos próximos dez anos. Em meios as discussões a de maior destaque é a meta de financiamento público da educação.
    Hoje 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) é investido na área, o projeto do governo prevê a ampliação do investimento de 5% para 7% até 2020, mas entidades do setor pedem a aplicação de pelo menos 10%.
No País o movimento estudantil reivindica que o Congresso Nacional aprove o Plano com investimento de 10%, afinal com o crescimento econômico o Brasil ocupa hoje o posto de 7º economia do mundo, o que torna contraditório ocupar a 88º colocação no ranking de educação da Organização das Nações Unidas.
    No que se refere ao ensino superior brasileiro vivemos um momento de expansão de vagas que, infelizmente, não é acompanhado pelo necessário aumento do investimento público.  Contudo o governo parece não dar importância a atual situação do ensino prova disso é que o orçamento da União destinou, em 2009, apenas 2,88% para a educação, enquanto que para o pagamento da dívida pública e para o financiamento dos banqueiros foram usados 35,57% dos recursos totais previstos. Mesmo assim o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que essa discussão já foi fechada no governo.
    Por isso cabe a nós estudantes a tarefa de continuar a combater esse desleixo com a educação pública, afinal não é de hoje  que a educação nesse  é escanteada e deixada de lado, mostrando o descaso do poder publico com os jovens e com o futuro do País.

O novo Código Florestal e a devastação do meio ambiente

Debaixo de muitos protestos e vais foi aprovado na câmara de deputados, no dia 24 de maio, a reforma do atual código florestal no país. De acordo com as novas regras – ainda a serem aprovadas no senado e sancionado pela presidente Dilma Roussef – passa a ser permitido a devastação das áreas de preservação permanente (áreas ribeirinhas e morros que por sua condição são consideradas áreas frágeis e importantes para a proteção dos rios, lençóis freáticos e contra a erosão). Como também permitirá ao Estado anistiar “os crimes ambientais”cometidos até então, ou seja, caso o projeto seja aprovado serão revogadas todas as multas aplicadas desde 1994 a 2008 aos latifundiários que promoveram desmatamento ilegal (que no total somam o montante de R$ 10,6 bilhões). Na prática, o novo código beneficia as grandes madeireiras e empreiteiras, além do agronegócio, responsáveis pela contínua espoliação de nossas riquezas naturais e minerais, bem como por destruir e devastar nossas florestas.
    Qual o papel dos movimentos sociais, políticos e estudantis diante disso?
    O papel de todos os movimentos, ativistas, partidos e pessoas que se preocupam com a defesa do meio ambiente é denunciar amplamente e em todos os espaços possíveis o que este novo código florestal representa na prática: elevar os lucros dos grandes latifundiários, dos fazendeiros, dos grileiros e da burguesia rural – as mesmas classes que há mais de 500 anos saqueiam as nossas riquezas naturais, desde o pau-brasil ao petróleo, promovendo o massacre dos índios, a escravidão no campo e a expulsão das terras de milhões de camponeses. Não somente à frente, como liderando estes mesmos segmentos e encabeçando a mais encarniçada defesa da alteração do código florestal, está o “Excelentíssimo” deputado Aldo Rebelo, do PcdoB, redator do projeto.
    Nós, do Diretório Central dos Estudantes, repudiamos o novo código florestal e convocamos todos os estudantes e toda a sociedade a se manifestar energicamente contra este atentado as nossas florestas, bem como ao Sr. Aldo Rebelo, que na contramão dos interesses dos trabalhadores rurais e da preservação do nosso meio ambiente, se aliou ao que há de mais reacionário na política nacional, a bancada ruralista e os partidos de direita.