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terça-feira, 30 de agosto de 2011

O novo Código Florestal e a devastação do meio ambiente

Debaixo de muitos protestos e vais foi aprovado na câmara de deputados, no dia 24 de maio, a reforma do atual código florestal no país. De acordo com as novas regras – ainda a serem aprovadas no senado e sancionado pela presidente Dilma Roussef – passa a ser permitido a devastação das áreas de preservação permanente (áreas ribeirinhas e morros que por sua condição são consideradas áreas frágeis e importantes para a proteção dos rios, lençóis freáticos e contra a erosão). Como também permitirá ao Estado anistiar “os crimes ambientais”cometidos até então, ou seja, caso o projeto seja aprovado serão revogadas todas as multas aplicadas desde 1994 a 2008 aos latifundiários que promoveram desmatamento ilegal (que no total somam o montante de R$ 10,6 bilhões). Na prática, o novo código beneficia as grandes madeireiras e empreiteiras, além do agronegócio, responsáveis pela contínua espoliação de nossas riquezas naturais e minerais, bem como por destruir e devastar nossas florestas.
    Qual o papel dos movimentos sociais, políticos e estudantis diante disso?
    O papel de todos os movimentos, ativistas, partidos e pessoas que se preocupam com a defesa do meio ambiente é denunciar amplamente e em todos os espaços possíveis o que este novo código florestal representa na prática: elevar os lucros dos grandes latifundiários, dos fazendeiros, dos grileiros e da burguesia rural – as mesmas classes que há mais de 500 anos saqueiam as nossas riquezas naturais, desde o pau-brasil ao petróleo, promovendo o massacre dos índios, a escravidão no campo e a expulsão das terras de milhões de camponeses. Não somente à frente, como liderando estes mesmos segmentos e encabeçando a mais encarniçada defesa da alteração do código florestal, está o “Excelentíssimo” deputado Aldo Rebelo, do PcdoB, redator do projeto.
    Nós, do Diretório Central dos Estudantes, repudiamos o novo código florestal e convocamos todos os estudantes e toda a sociedade a se manifestar energicamente contra este atentado as nossas florestas, bem como ao Sr. Aldo Rebelo, que na contramão dos interesses dos trabalhadores rurais e da preservação do nosso meio ambiente, se aliou ao que há de mais reacionário na política nacional, a bancada ruralista e os partidos de direita.

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